Ménage à trois" ou simplesmente "ménage" é uma expressão de origem francesa que significa "mistura a três" e é utilizada para designar os relacionamentos sexuais entre três pessoas.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Lembro.

6a00d83451cc7469e20120a774e005970b-800wi

Lembro da nossa longa conversa na pracinha do cinema, após meu atraso de quase uma hora. Era emocionante ver o teu entusiasmo quando falava de seus amigos, familiares e sua afilhada lhe chamando de “seu padrinho”. Ler seus textos falando sobre sua infância e seus antigos amores, suscitavam em mim o desejo de fazer parte do seu mundo.

Lembro de você me pirraçar mexendo em seus lábios. Pressionando-os como se quisesse me mandar um beijo. Lábios carnudos e provocantes que me deixavam cada vez mais encantado por aquele homem que me escrevia coisas lindas e que se revelava para mim naquele momento, como um presente Divino.

“Vicente” era a materialização dos meus sonhos. A concretização da utopia da pessoa perfeita para amar e com quem eu queria dividir o resto dos meus dias.

Lembro de você me perguntar se eu “queria ver algum filme ou dar uma volta de carro”, enquanto eu caminhava em direção a lanchonete, onde comprei os dois copos de água mineral que bebi aguardando você voltar do banheiro.

Lembro a expectativa de como você reagiria quando toquei em sua mão pela primeira vez. Estava tão nervoso, pois não queria que pensasse que eu estava avançando o sinal e nem que lhe obrigava a estar atraído por mim como estava por você.

No seu carro, nossos olhos se cruzaram e sem que nenhum de nos dois dissesse absolutamente nada o tão esperado beijo aconteceu.

No quarto daquele motel, lembro de você tirar meus óculos e eu os seus, podendo observar bem lá no fundos dos seus belos olhos castanhos, enquanto minhas mãos escorrendo para dentro de sua camisa mostarda, fazia com que meus dedos conseguissem alcançar suas costas suada, trazendo-o de encontro a mim, pressionando-o seu peito malhado contra o meu, como se não quisesse que você fugisse de mim, como infelizmente aconteceu dias depois.

Lembro de sentir o calor do seu corpo - um misto de força bruta e delicadeza -, com suas duas tatuagens, junto ao meu. Era o paradoxo. Aquele homem, neste momento era apenas uma criança nas minhas mãos a lhe dar prazer. Lembro da sua respiração ofegante quando eu fazia caricias com minha língua em seu peito, enquanto meus pés tocavam os seus, que neste momento estavam frios.

Lembro de como eu fiquei em êxtase absoluto quando introduziu o meu sexo em sua boca, fazendo movimentos por uns minutos, que me deixaram anestesiado de prazer por um tempo que mais parecia uma eternidade. E mesmo neste momento, em que a adrenalina estava em níveis elevadíssimos, você ainda estava preocupado comigo, ao perguntar se estava me “machucando”.

Lembro de nossa breve discussão, iniciada quando você quis me coroar com o título de “lindo”. Afinal, quem era o mais bonito de nos dois? Discussão dissipada, porque decidimos que formávamos um belo casal.

Lembro do seu olhar de garoto - maroto, seu sorriso traquino; querendo me convencer de que comigo seria diferente. E nessa tentando, embarquei em um processo de auto convencimento de que todo aquele momento de magia não era apenas um lindo sonho e afirmei: “se tudo isso for um sonho, não me faça acordar!”. Neste momento pedi-lhe que eu não fosse “mais um caso qualquer em sua vida”, sem saber que esse era um pedido inútil.

Lembro de você reclamar que ainda precisava fazer mais exercícios para melhorar seu abdome, que já se semelhava ao de qualquer deus grego - com todos aqueles gominhos -, fazendo com que minhas mãos tivessem que subir e descer pequenas inclinações, ao acariciar sua barriga.

Lembro das sardas do seu rosto e das suas olheiras, quando tomamos banho juntos. De você me ensaboar como se fosse o meu tutor. E na verdade, o que eu mais queria e precisava naquele momento era de alguém para me envolver em uma redoma de proteção e carinho.

Lembro de você em mim, e eu em você; como se fossemos um só. Lembro de pensar que você era minha “alma gêmea”. Tentativa de não me culpar, por está enganando minha família e de me convencer de que está amando uma pessoa do mesmo sexo não era um pecado que me faria queimar nas chamas do inferno.

E nesse vai e vem de sensações e devaneios, lhe disse que tudo aquilo parecia loucura e lembro que você me respondeu que “era tudo maravilhoso!”.

Lembro de te ligar para desejar “boa noite”, e você me disse que ia ao cinema, pois depois de tudo o que aconteceu naquela noite, você não conseguiria dormir logo.

Lembro de ter prometido que seriamos compreensivos um com o outro, dos planos que fizemos, como: quem sabe “termos o nosso cantinho”, você saber o caminho de minha casa para que eu não tivesse que ir de carona com nenhum amigo, quando fosse ao seu encontro. Será que tudo isso, todo esse pretenso ciúmes fazia parte do plano sórdido que você armou para ter prazer momentâneo. Ao ouvir a música “Santa Chuva” de Marcelo Camelo, na voz de Maria Rita, me pergunto: “(...) Foi só amor? / Ou medo de ficar sozinho outra vez ?”

“Vicente” é o personagem que esse homem jovem, bonito, bem sucedido profissionalmente criou para brincar com meus sentimentos.

Lembro da dependência que você criou em mim, no dia 7 de setembro; sempre que passo naquele shopping center, na praça dos cinemas, no estacionamento; na orla; nas músicas que ouvimos, na rádio que você sintonizou em seu carro; nas mensagens de e-mail; no caminho para a minha casa; no seu antigo número de telefone, que não saia da minha cabeça; sempre nos dias 7 e 13, quando comemoro o aniversário do nosso encontro e do seu nascimento; ao passar pelo prédio onde trabalha; ao acessar o seu blog; ao ver qualquer quadro de Von Gogh, seu pintor preferido e principalmente “O quarto de dormir”; ao rever “The Hours”, “Três Formas de Amar” e “No limite do silêncio”; ou quando leio algum artigo sobre o escritor J.D. Salinger, autor do clássico "O Apanhador no Campo de Centeio".

Eu agradeço a Deus por você existir e ter entrado em minha vida, mesmo que tenha sido como um cometa.

Passei muito tempo lembrando de você nas primeiras horas do dia e sempre no último suspiro ao adormecer. Na verdade, você estava presente em minha rotina 24 horas. Você ainda permanece presente em mim, mas agora somente como uma doce saudade. Como um sentimento forte que quero nutrir por um outro alguém, mas que até agora eu só posso pedir licença ao compositor Leoni, para frasea-lo e adequar a letra de Os Outros, para a situação que estou vivendo.

“Já conheci muita gente / gostei de alguns garotos / mas depois de você / os outros são os outros (...) / eu tenho mil amigos, mas você foi / o meu melhor namorado / procuro evitar comparações / entre flores e declarações / eu tento te esquecer / a minha vida continua / mas é certo que eu seria sempre seu / quem pode me entender / depois de você / os outros são os outros e só”.

Lembro, sempre lembrarei e não quero te esquecer jamais. Lembro de você “porque nunca na vida tive um amor verdadeiro. Por estando ao teu lado eu enfrentaria o mundo inteiro”.

Eu só não consigo lembrar o que fizemos de errado?

Spencer Edolen

MARSpenceredolen5 MARSpenceredolen MARSpenceredolen1 MARSpenceredolen2 MARSpenceredolen3 MARSpenceredolen4

terça-feira, 23 de março de 2010

Seth Travis/DNA

4a1cc5e4cecd8

4a1cc58ce8a39

4a06e9d43e28a

4a7f4a9a169b9

4a7f4fa4087ba

4a7f35a59a92f

4a7f35e6b3426

4a7f357641750

4a09af8d327fd

4a09af6778261

4a09b0f54b284

4a69ddc61d151

4a69e1c48db36

4a69e14977ee5

MARSethTravis5 MARSethTravis MARSethTravis1 MARSethTravis2 MARSethTravis3 MARSethTravis4

sexta-feira, 19 de março de 2010

Felação com boca, língua, champanhe e morango

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.